Marcelo Queiroga aceita convite para assumir o Ministério da Saúde
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia aceitou o convite para ser o quarto ministro da pasta no governo Bolsonaro por CNN
O médico cardiologista Marcelo Queiroga aceitou nesta segunda-feira (15) o convite para ser o novo ministro da Saúde, sucedendo o general Eduardo Pazuello. Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o médico é defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com quem se encontrou nesta segunda.
Queiroga vem da mesma especialidade e da mesma associação que Ludhmilla Hajjar, médica que recusou convite para assumir o posto hoje ocupado pelo general Eduardo Pazuello por "motivos técnicos" e após receber ameaças de morte.
Segundo currículo divulgado na plataforma Lattes, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes formou-se em Medicina em 1988, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele se tornou residente em Cardiologia em 1992, no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro.
O currículo Lattes, referência na carreira acadêmica, é preenchido pelo próprio Queiroga, que assume a responsabilidade pela veracidade das informações. A última atualização foi em outubro de 2020.
Ele afirmou ter um doutorado em andamento desde 2010 em Bioética, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugual. Marcelo Queiroga afirma trabalhar como diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia do Hospital Alberto Urquiza Wanderley e cardiologista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, ambos na Paraíba.
Em seu currículo, Queiroga não lista experiências em gestão pública.
Além da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cuja presidência assumiu em dezembro de 2019, Queiroga afirma ter atuado na Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBCHI), no Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), no Conselho Federal de Medicina (CFM) e na Associação Paraibana de Medicina (Apmed).
Apoio a Bolsonaro
Busca feita no histórico de publicações no Twitter oficial do médico, verificado pela plataforma, há duas menções ao presidente Jair Bolsonaro.
A primeira data de julho de 2019, quando Queiroga publicou uma foto de Bolsonaro conversando, no Congresso, com o então deputado Enéas Carneiro, que o médico definiu como "registro histórico do encontro de dois grandes brasileiros".
A outra foi em setembro de 2020, quando o médico respondeu a uma publicação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que publicou um boletim médico do presidente após uma retirada de cálculo de bexiga.
"Com a graça de Deus nosso presidente Jair Bolsonaro vai superar mais essa adversidade", escreveu Queiroga ao senador na oportunidade.